A origem da Aromaterapia é um tema que me é muito querido. Para além disso, é interessante e é a base de todo este mundo dos Óleos Essenciais.
A verdadeira origem da Aromaterapia
A história da Aromaterapia remonta a milhares de anos. A medicina fitoterápica (do grego: therapeia = tratamento e phyton = vegetal), por definição, trata-se do estudo das plantas medicinais. Para além de tratar também das suas aplicações na cura das doenças. Originalmente, recorria-se ao uso de plantas aromáticas, sendo que este uso não se limitava a uma área geográfica. Existiam também padrões residuais do seu uso em quase todos os lugares do mundo. Algumas culturas antigas como, por exemplo Egito, China ou Tibete também começaram a usar componentes naturais. Iraque, Grécia, Índia são também outros exemplos de locais onde se utilizavam componentes aromáticos de plantas em resinas, bálsamos e óleos. Foi desta forma que se iniciou a História da Aromaterapia.
Mais tarde, no ano de 1881, em Montchat, distrito de Lyon, na França, nasceu René-Maurice Gattefossé. Era Engenheiro Químico, formado pela Universidade de Lyon. No dia do nascimento de seu filho, em 1910, Henri-Marcel, descobre acidentalmente a potencialidade do Óleo Essencial de Lavanda. Isto após ter sido vítima de uma explosão no laboratório da sua empresa de cosméticos.
Comentando o acontecimento anos depois Gattefossé disse:
“Na minha experiência pessoal, depois de uma explosão no laboratório ter-me coberto com substâncias inflamáveis que eu apaguei rolando-me na relva. Ambas as minhas mãos estavam cobertas por uma gangrena gasosa em rápido desenvolvimento. Apenas uma passagem ligeira com óleo essencial de Lavanda (Lavandula angustifolia) interrompeu a gaseificação do tecido. Esse tratamento foi seguido por uma transpiração profunda e a cura começou no dia seguinte.”
Gattefossé Aromaterapia (1937)
O que é afinal a Aromaterapia? Da origem aos dias de hoje
Aromaterapia: “É uma prática terapêutica que utiliza Óleos Essenciais – 100% naturais, puros e completos – com suas propriedades específicas, de origem botânica conhecida e composição química completa, de acordo com o método de extracção para sua produção.
O que são Óleos Essenciais, Óleos Vegetais e Hidrolatos?
Os Óleos Essenciais
Os óleos essenciais são os compostos químicos produzidos pelas plantas, sendo utilizados por estas como autodefesa (afastando possíveis predadores), como atrativos (polinização), entre outros. Os óleos essenciais podem ser extraídos de diferentes partes das plantas, nomeadamente, de pétalas de flores, raízes, resinas, cascas de frutos, etc… De uma mesma planta pode ser extraídos vários óleos essenciais. Basta serem extraídos de diferentes partes da planta (folha, flor, etc.), ou a planta ter sido sujeita a um diferente ambiente de cultivo (p. ex.: país diferente), ou ainda a planta ter sido sujeita a diferente forma de extracção.
A Aromaterapia, por norma, é associada apenas à utilização de óleos essenciais. Contudo, como vimos anteriormente, a Aromaterapia baseia-se no uso de óleos essenciais, de hidrolatos, bem como de óleos vegetais. Os óleos essenciais utilizados em Aromaterapia, são na sua grande maioria, extraídos por extração a vapor de água. Neste processo, tendo em conta que o óleo essencial é lipossolúvel (apenas se mistura com gorduras), obtemos o óleo essencial e o hidrolato. Este último, é a água que arrasta o óleo essencial, no processo de extração.
Os Hidrolatos
Os hidrolatos também apresentam propriedades terapêuticas, uma vez que neles ficam retidas as partículas hidrossolúveis (partículas que se misturam com a água) do óleo essencial, podendo apresentar uma percentagem entre 0,5 e 1%. Nalguns casos, em situações que requerem mais cuidados, nomeadamente, grávidas, lactantes, bebés ou ainda pessoas com patologia oncológica, o uso apenas do hidrolato pode ser mais do que suficiente, não sendo necessário recorrer ao óleo essencial que lhe deu origem.
Os Óleos Vegetais
Os óleos vegetais possuem um papel fundamental. Não só, são indispensáveis para se realizar uma utilização segura dos óleos essenciais, adequando a diluição à idade, à terapia pretendida e à zona a usar, bem como potenciam o efeito dos óleos essenciais, visto que também eles possuem propriedades terapêuticas.
Tal como os hidrolatos, os óleos vegetais, em determinadas situações podem ser suficientes para se atingir o resultado pretendido. Como sabemos qual o óleo que devemos escolher/usar? A escolha do óleo essencial, antes de mais, deve ser:
– de qualidade,
– 100% puro,
– certificado,
– apresentar o nome científico em Latim,
– transportado em frasco escuro,
– entre outros parâmetros…
Leia também: Os 4 critérios para escolher os melhores Óleos Essenciais
O uso deve ser feito mediante a nossa necessidade. Devemos escolher os óleos essenciais pelas propriedades terapêuticas que eles apresentam, podendo ainda ser combinados com óleos vegetais que possam potenciar os efeitos pretendidos, podendo ser um efeito físico ou emocional.